Publicado por: marcospauloteixeira | Junho 11, 2012

Perguntas para quem defende o aborto

Perguntas para quem defende o aborto

1a pegunta
“Em 2005, foram realizados 1.054.243 de abortos induzidos”, diz uma “pesquisa” encomendada pelo Ministério da Saúde. É impressionante a precisão do número, que vai até à casa das unidades. Mas na página 3 se diz que esse é apenas o “ponto médio”, que pode variar entre 843.394 (limite inferior) e 1.265.091 (limite superior).

Nenhuma palavra sobre o caminho usado para chegar a esses resultados.
Um relatório da IPPF denominado “Morte e negação: abortamento inseguro e pobreza” traz a seguinte (e gratuita) afirmação: “O Ministério da Saúde estima que 31 por cento de todas as gravidezes terminem em abortamento. Isto corresponde a cerca de 1,4 milhões de abortos por ano, sendo a maioria deles clandestinos.” Como de costume, nada dobre a origem desses números. Em 1990, o Jornal do Brasil dizia que a ONU havia estimado que o Brasil era recordista mundial de abortos, com uma taxa anual de 3 milhões (12 abr. 1990, p. 7).

Afinal, são três milhões ou 1,4 milhão ou 1 milhão? Ou será que são 100 mil? Ou apenas 10 mil?

2a Pergunta
Consultando o Departamento de Informação e Informática do SUS – DATASUS verifica-se que o índice de mortes maternas tem permanecido estável ao longo dos anos em nosso país: 1577 mortes em 2001, 1655 em 2002, 1584 em 2003 e 1641 em 2004.
Deste número, a quantidade de mortes maternas em gravidez que terminou em aborto nunca passou de 200. Seu ponto máximo foi 163 mortes, em 1997.

Então por que o número de mulheres mortas em decorrência de “abortos inseguros” usado é muito grande? Não seria um meio de manipulação da opinião pública?

3a Pergunta 

Por que se afirma que a legalização diminuiria o número a morte materna já que mais de 59% das mortes maternas do mundo ocorrem nos países que têm as leis menos restritivas?
Na Índia, por exemplo, onde existe uma legislação que permite o aborto em quase todos os casos desde 1972, é onde mais mortes maternas ocorrem.

4a Pergunta
A filial da IPPF no Brasil (BEMFAM) pretende iniciar em setembro, em Campinas, um projeto para “orientar interessadas em interromper a gravidez sobre os métodos existentes e seus riscos”. Para esse projeto de apologia do aborto, a BEMFAM recebeu 150.000 dólares da IPPF. Segundo Ney Costa, secretário-executivo da organização, “se a mulher está convicta, o mínimo que podemos fazer é informá-la”. Seguindo raciocínio análogo, se um cidadão estiver convicto de assaltar um banco, será preciso que o governo (ou alguma ONG) informe a ele sobre os métodos existentes. A incitação ao crime e a apologia de crime, duas figuras penais bem próximas, estão tipificadas nos artigos 286 e 287 do Código Penal. Diante dessa notícia-crime. Você acha que cabe ao Ministério Público oferecer denúncia contra os dirigentes da BEMFAM?

5a Pergunta
A Rússia, com uma das legislações mais amplas, tem uma taxa de mortalidade materna alta (67 por 100.000 nascidos vivos), seis vezes superior à média. Em contraste, a Irlanda, onde o aborto é ilegal praticamente em todos os casos, possui uma das taxas de mortalidade materna mais baixas do mundo (5 por 100.000 nascidos vivos), três vezes inferior à do Reino Unido (13 por 100.000 NV) e à dos Estados Unidos (17 por 100.000 NV), países onde o aborto é amplamente permitido e os padrões de saúde são altos”.

Você realmente acha que o caminho para diminuir a morte materna é liberar o aborto, ao invés de aumentar o atendimento aos partos por pessoal idôneo e qualificado?

Não seria melhor usar o dinheiro do aborto para melhorar o pré-natal das gestantes atendidas pelo SUS?


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